- Carlos Guglielmeli
Violência em Valparaíso “vira mato” e será um grande desafio para o próximo governo municipal

Os assassinatos na cidade já estão acontecendo no atacado, dois de uma só vez, três em um só dia e assim vai.
Os apelos e relatos nas redes sociais se multiplicam e às vésperas de um novo governo municipal a sociedade deposita suas esperanças nessa virada ao mesmo tempo que a próxima equipe de governo deve estar se preparando para responder as expectativas.
A violência é uma “endemia” complexa de resolver, pois as forças de segurança vêm sendo deterioradas por políticas que invertem os valores transformando artificialmente policiais em bandidos e criminosos em vítimas. Fora isso as leis mais absolvem do que enquadram, transformando os policiais em enxugadores de gelo.
O debate em torno da culpa, se é do governo estadual ou da gestão municipal só abrange a ponta do problema. O que é importante, mas não 100% determinante.
As leis e os “mimimis” sociais que deturpam as ações ostensivas das polícias não vão mudar facilmente, portanto a criatividade e coragem em assumir a responsabilidade com a solução desse problema será decisiva para uma boa resposta do novo governo.
O prefeito eleito Pábio Mossoró diz que sabe da responsabilidade, que o desafio é grande e que no mínimo a sociedade vai ter dele o empenho absoluto nas soluções dos prolemas municipais.
A Guarda Civil Municipal, o aumento no contingente policial, o aparelhamento de nossas corporações com viaturas e armamentos são o clamor da sociedade que precisam ser respondidos e têm um horizonte mais aberto agora com a gestão municipal disposta e empenhada, porém isso tudo demanda um tempo mínimo.
Os secretários de Educação, Infraestrutura, Cultura, Esportes e outros terão que entrar em ação imediatamente para ocupar os espaços tornando-os desconfortáveis para a bandidagem enquanto as soluções acima não acontecem.
O fato é que não há saída milagrosa para o problema de segurança, Valparaíso perdeu 4 anos patinando na incompetência do último governo, mas existem soluções possíveis, para isso é necessário que haja criatividade e boa vontade da gestão pública em dar inicio ao processo de reversão endêmica.
Enquanto isso, todo cuidado é pouco.